segunda-feira, 9 de setembro de 2013

“Séries de TV e Web” e “O Povo Na TV” são temas de bate papo no FECIM 2013

Repórter Isabella Baltazar



Para o segundo momento das mesas de discussões, o tema foi “Seriado e Web TV”, com Guto Aeraphe – professor de Fotografia, Produção Audiovisual e de Cinema em universidades mineiras – e Aurora Miranda Leão – jornalista, radialista e produtora cultural. Em debate, estiveram os questionamentos: “quais panoramas, balanços e perspectivas podemos traçar no meio de criação e concepção de séries do Brasil, principalmente na web? De que modo as referências pessoais dos produtores e diretores envolvidos nestas obras contribuem para a “modelagem” da série, principalmente em sua concepção artística e visual?

 Guto falou sobre a necessidade de conciliar a arte com o valor comercial. “É importante pensar no artísticamente interessante e no economicamente viável”, afirmou. Muitos participantes da plateia, especialmente diretores de curtas da Mostra Competitiva, e que também são produtores de programação web, engrossaram a discussão que, para eles, rendeu bons frutos. “Não é em todo festival que há um conteúdo que o Fecim está proponto”, disse o diretor da animação “Paleolito” Gabriel Calegario. Ele, que está na lista de suplentes para receber apoio da “Rio Filmes”, comentou sobre os desafios da produção cinematográfica.



Dando seguimento à programação, aconteceu a mesa “O povo na TV”, um debate sobre a representação das domésticas na TV e no Cinema, com Gabriel Mascaro (diretor do longa “Doméstica”, exibido no Cinema na Praça na noite de sexta-feira, 6), Lais Mendes Pimentel, roterista novela global “Cheias de Charme”, e a atriz Kátia Moraes, que interpretou a doméstica Marilda, na novela “Fina Estampa”.

Kátia destacou que durante muito tempo as empregadas domésticas assumiam um papel figurante nas principais cenas, e que, após sua personagem, esse quadro mudou. Ela diz que hoje essas personagens assumem posição de relevância, desempenhando papéis determinantes nas tramas. Lais explicou que, em “Cheias de Charme”, na intenção de colocar as domésticas em primeiro plano, foram levantadas discussões essenciais à classe, como o direitos trabalhistas, sem perder a leveza e a serenidade pertinente ao entretenimento da telenovela.

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