Cada vez mais empresas vem produzindo vídeos empresariais, tanto para negociações entre empresas como para relacionamento com o consumidor final. É crescente a disponibilidade de vídeos de vendas, de treinamento, institucionais e outras produções que visam estreitar relações com seus públicos – interno ou externo.
Não é para menos, praticamente todo o mercado corporativo há quase uma década dispõe da banda larga, sendo possível acesso a vídeos com streaming on-demand. E a tendência é só aumentar, com o aumento da diponibilidade de banda larga para consumidores finais.
Mas então por que muitos filmes corporativos acabam não trazendo o retorno que se espera deles? É justamente para orientar os mais diversos profissionais de marketing e comunicação que abaixo estão comentados os 5 erros comuns que sua empresa deve evitar quando for contratar uma produtora de vídeo.
ERRO 1: NÃO REALIZAR UM PLANEJAMENTO ADEQUADO
As agências de propaganda e profissionais do meio chamam este planejamento de “briefing”. Um briefing é um documento onde estão sintetizadas as metas, diretrizes e idéias da sua empresa para um determinado investimento em comunicação.
Um briefing é o pontapé inicial de tudo, é onde as metas começam a se definirem como ações. Uma analogia pode ser feita com engenharia: assim como um engenheiro precisa um projeto detalhado para contruir um prédio, uma vídeo produtora vai precisar de um briefing adequado para criar um bom roteiro e um bom vídeo.
É muito melhor usar um tempo para ter um planejamento – ou briefing – aprovado pela diretoria de sua empresa do que depois ter que pressionar a produtora fazer algo que não foi explicitamente solicitado e que a produtora não teria obrigação de saber.
Talvez eu esteja sendo redundante, afinal, você sabe que este vídeo, assim como todo investimento da empresa na qual você trabalha, também deve ser feito com base em um planejamento, não é?
ERRO 2: FECHAR PELO MENOR PREÇO:
Empresas que sempre fecham pelo menor preço nunca desenvolvem um vídeo que lhes dá um retorno efetivo. São apenas soluções operacionais e que muitas vezes acabam sendo deixadas de lado pela ineficiência que representam. Ou seja, é dinheiro jogado no lixo.
Sempre haverá alguém que irá fazer mais barato, tenho certeza. A proposta é de R$ 20 mil? Procure que achará alguém por R$15 mil. A proposta é de R$10 mil? Procure que achará alguém por R$6.000. Se você procurar com mais afinco talvez encontre estudantes ou iniciantes no mercado que farão o trabalho de graça, apenas para terem algo no portfolio deles.
Uma empresa deve fechar com a produtora de vídeo que se demonstrar mais apta a trazer retorno pelo investimento feito. Um investimento de R$20 mil que dá um retorno de R$1 milhão é excelente, um vídeo de R$6.000 que não trás retorno nenhum é um péssimo negócio.
ERRO 3: SER GENÉRICO DEMAIS
Talvez você tenha recebido uma orientação de sua diretoria para desenvolver um vídeo que mostre a qualidade dos produtos de sua empresa, a tradição de sua marca, que esteja disponível no site, que treine funcionários novos, que mostre que tem presença nacional e que ajude os vendedores a fechar pedidos. Isto sem esquecer da sua história, de sua localização privilegiada, os atestados de qualidade ISO 9000 e ISO 14000 e outros inúmeros detalhes que sem dúvida são importantes para a empresa mas que podem se transformar em uma avalanche de informações em um vídeo.
Neste caso estamos diante um típico vídeo sem nenhuma segmentação, um vídeo genérico, sem foco em seu público alvo. Isto normalmente ocorre quando a diretoria fica insegura que assuntos importantes – que embora tão diversos – sejam deixados de fora.
Quanto mais específico seu vídeo para seu público alvo, mais eficiente será seu investimento. Um vídeo de sucesso precisa ter um foco bem definido, como por exemplo:
- Novos clientes em Salvador, pela abertura de uma filial no mês que vem;
- Vantagens de um determinado produto que a empresa pretende potencializar as vendas;
- Treinamento para evitar retrabalhos e custos com manutenção;
- Vídeo para uma feira específica, orientado a um perfil de cliente;
Tem outros assuntos que sua empresa gostaria de falar? Faça 2 vídeos. Não estrague um bom vídeo para “aproveitar o momento”. Converse com sua produtora sobre seus planos que ela provavelmente vai lhe dar uma condição comercial vantajosa.
ERRO 4: DAR POUCA LIBERDADE NA CRIAÇÃO DO ROTEIRO
A condição básica para se criar um filme diferente, com criatividade, que seja muito eficiente na transmissão da mensagem, vem da liberdade que o cliente dá para a produtora de vídeo. Boas produtoras gostam de desafios, gostam de sair do lugar comum. E é neste momento que os bons vídeos acontecem.
Afinal, o que dá mais resultado? Um vídeo criativo, inovador, atraente e inspirador? Que transmite informações novas, que as pessoas comentam com seus colegas de trabalho e espalham pela internet?
Ou um vídeo com a mesma cara de “vídeo institucional”, sem nada de novo? Com pessoas mexendo no computador e homens de macacão azul na linha de produção, como sempre? O resultado pode ser surpreendentemente bom quando se tem liberdade na criação do roteiro.
ERRO 5: TRATAR WEBSITE E VÍDEO COMO QUESTÕES SEPARADAS
Você acha que website e vídeo são coisas diferentes? Iniciei este artigo falando do alcance da internet banda larga no mercado corporativo e o recente aumento para o consumidor final das classes C e D. São crescentes as oportunidades quando se fala de internet e vídeo.
O que seu cliente faz depois que chega ao seu website? Busca conteúdo e informações importantes, certo? E qual ferramenta é melhor do que um vídeo para fazer isto? Nenhuma.
Nos Estados Unidos já se nota esta forte tendência, com inúmeros casos de sucesso de vídeo e internet. No Brasil já é possível encontrar bons exemplos também, embora ainda em menor número.
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